o negro, enfeitado de felicidade
era sim a frágil e despedaçada sanidade
levando-me a mundos que jamais poderia imaginar
e feitos que eu nunca quis desejar
as asas da perdição
negras para mostrar a minha paixão
soberba, singela e sem fim
apaziguando a tristeza que reside em mim
no escuro de minha alma
onde nem o sol e não há calor para derrete-las
sedento como um corvo
em busca de satisfazê-las
culminado sóbrio em devaneios
cultivando meus anseios e também meus desejos
em sombras que se tornam a própria escuridão
para que essas asas suportem a desilusão
perpetuando o ciclo maldito
das trevas que então eu acredito
apesar de me sentir perdido
sigo este caminho com todo o afinco
sobre estas asas deposito o meu futuro
mesmo sendo triste e obscuro
mesmo tão sedento quanto a própria paixão
desejo me lançar nesta imensidão...
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