sexta-feira, 27 de maio de 2011

sem titulo 28/05

o sangue que corre entre meu horizonte
já não faz mais parte de meu pesadelos
como um sacrifício outrora
hoje vejo que tudo se resume a discórdia

a trilha que a cada passo me jogo na escuridão
não há perdão ou mesmo salvação
nem mesmo uma doce ilusão
apenas o a vontade e a paixão

depreciando o estado efémero
já que nada é eterno
só o instinto e o desejo podem estar certos
já que não existe o porque de belos gestos

meus olhos cegos me guiam por este caminho
amaldiçoando o meu próprio destino
olhando os anjos em sua magnitude
pois já não há mais a ingenuidade

em meu caminho não há nada além de solidão
não há uma conforto para o meu coração
manchado e maculado pela dor e pelo ódio
agora que meus dias passam apenas por si só...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

asas negras

o negro, enfeitado de felicidade
era sim a frágil e despedaçada sanidade
levando-me a mundos que jamais poderia imaginar
e feitos que eu nunca quis desejar

as asas da perdição
negras para mostrar a minha paixão
soberba, singela e sem fim
apaziguando a tristeza que reside em mim

no escuro de minha alma
onde nem o sol e não há calor para derrete-las
sedento como um corvo
em busca de satisfazê-las

culminado sóbrio em devaneios
cultivando meus anseios e também meus desejos
em sombras que se tornam a própria escuridão
para que essas asas suportem a desilusão

perpetuando o ciclo maldito
das trevas que então eu acredito
apesar de me sentir perdido
sigo este caminho com todo o afinco

sobre estas asas deposito o meu futuro
mesmo sendo triste e obscuro
mesmo tão sedento quanto a própria paixão
desejo me lançar nesta imensidão...