terça-feira, 13 de setembro de 2011

o cruzado negro

o cruzado negro
em suas asas perdidas
em meio aos seus medos
entre a dor e feridas
consumido dentro de sua própria escuridão
sem misericórdia ou sequer perdão
sem rumo certo para seguir
sem emoções para sentir
andando por caminhos vermelhos de servidão
não há sentido apenas uma alusão
e verdade são inconstantes
pois o desejo não encontra nada adiante
o cruzado negro de batalhas insanas
não há salvação nem sequer esperanças
sem guardar lembranças
sem sequer ter esperanças
apenas o clamar das armas
pois este é seu mundo
apenas lapides entalhadas
e a angustia que carrega bem lá no fundo
o cruzado negro que segue sem desistir
em sua postura inabalável e sem se entregar a calamidade
sabe que não pode apenas fingir
pois ele mesmo esta em busca de sua própria verdade...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

sem titulo 28/05

o sangue que corre entre meu horizonte
já não faz mais parte de meu pesadelos
como um sacrifício outrora
hoje vejo que tudo se resume a discórdia

a trilha que a cada passo me jogo na escuridão
não há perdão ou mesmo salvação
nem mesmo uma doce ilusão
apenas o a vontade e a paixão

depreciando o estado efémero
já que nada é eterno
só o instinto e o desejo podem estar certos
já que não existe o porque de belos gestos

meus olhos cegos me guiam por este caminho
amaldiçoando o meu próprio destino
olhando os anjos em sua magnitude
pois já não há mais a ingenuidade

em meu caminho não há nada além de solidão
não há uma conforto para o meu coração
manchado e maculado pela dor e pelo ódio
agora que meus dias passam apenas por si só...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

asas negras

o negro, enfeitado de felicidade
era sim a frágil e despedaçada sanidade
levando-me a mundos que jamais poderia imaginar
e feitos que eu nunca quis desejar

as asas da perdição
negras para mostrar a minha paixão
soberba, singela e sem fim
apaziguando a tristeza que reside em mim

no escuro de minha alma
onde nem o sol e não há calor para derrete-las
sedento como um corvo
em busca de satisfazê-las

culminado sóbrio em devaneios
cultivando meus anseios e também meus desejos
em sombras que se tornam a própria escuridão
para que essas asas suportem a desilusão

perpetuando o ciclo maldito
das trevas que então eu acredito
apesar de me sentir perdido
sigo este caminho com todo o afinco

sobre estas asas deposito o meu futuro
mesmo sendo triste e obscuro
mesmo tão sedento quanto a própria paixão
desejo me lançar nesta imensidão...